terça-feira, 25 de novembro de 2014

Impasses na busca da paz


A ONU tinha papel importantíssimo nessa ocasião para evitar que o conflito se espalhasse pela Europa, já que os países vizinhos tinham interesses afins aos países beligerantes. Devido ao carisma do Marechal Tito, a manutenção da federação foi possível por algum tempo, porém a ausência do mesmo abriu espaço para a população da Sérvia buscar o controle da região.
"Kosovo é Sérvia e sempre foi"

O vídeo acima demonstra cenas dos conflitos ocorridos, onde é ressaltado o controle Sérvio da região kossovar.

O Ministro das Relações Internacionais do Brasil incluiu o país no conjunto dos chanceleres do Grupo do Rio e lembrou que a ativação militar iniciou sem o consentimento do Conselho de Segurança da ONU. O ataque foi desencadeado sem a manifestação do Conselho de Segurança da ONU pois os membros do Conselho estavam divididos: a França, os Estados Unidos e a Grã-Bretanha eram a favor, enquanto a China e a Rússia eram contra a ativação militar.
Os russos procuravam assumir uma posição intermediária entre as partes. A tarefa de articular as negociações com Milosevic coube ao Primeiro Ministro Russo, Ievgueni Primakov. Embora o líder sérvio concordasse em diminuir o seu exército em Kosovo para viabilizar a volta dos refugiados, Milosevic exigia que os militares aliados abandonassem a região, além de terminarem com o apoio ao Exército de Libertação do Kosovo. O Chanceler Alemão considerou a proposta inaceitável.
O papel da União Europeia na construção e mediação da paz em Kosovo. 
Após o cessar fogo declarado por Milosevic, os europeus e o Secretário Geral da ONU acordaram em torno de uma proposta alemã para a paz, que consistia na trégua de um dia na retirada dos sérvios de Kosovo, no desarme do ELK e no retorno dos albaneses à província.
À medida que, de um lado, o conflito avançava e, de outro, se discutiam temas inter-relacionados com a fase pós-guerra, também o Grupo de Contato da OTAN avançava nas discussões de propostas para divisão da província.
A OTAN teria então duas possibilidades: ou tinha acesso à Iugoslávia com as forças de paz da ONU, ou buscava atingir o seu objetivo com as forças de combate dos aliados. 
Foi somente no quadragésimo-quarto dia de guerra nos Balcãs que a Rússia se uniu ao Grupo dos Oito para formularem um plano de paz para a região.
A imagem mostra a relação entre a bandeira do Kosovo e o símbolo da paz.

Embora os aliados persistissem nos ataques aéreos, criou-se um impasse na estratégia da OTAN, pois a não-rendição de Milosevic mantinha espaço para que os sérvios prosseguissem sua ação de extermínio kossovar. 
O anúncio de indiciamento de Milosevic por crimes de guerra colocou uma pá de cal em qualquer possibilidade de negociação de paz nos Balcãs. A dificuldade foi transferida para a implementação do mandato de prisão. Quem o faria? Apenas a pressão da continuidade dos ataques a Belgrado e a pontos estratégicos do país fariam com que Milosevic cedesse. Pela pressão das armas, o conflito bélico chegou ao fim, apesar de que ainda existam rixas entre essas populações, como mostra o vídeo abaixo.
O vídeo representa a guerra do Kosovo em pleno estádio de Belgrado, onde os conflitos morais se seguem até a atualidade.


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